terça-feira, 31 de outubro de 2017

13 Músicas para Hoje! This is Halloween!!

Então, é Halloween!!! Chegou o dia 31 de Outubro, dia (ou noite) de assustar e ser assustado, de enturmar-se com os mortos. Aqui vai uma playlist com 13 músicas pra se ouvir essa noite. Músicas que eu, particularmente gosto muito, são músicas que tenho em minha playlist no celular e que ouço com alguma frequência.

A primeira, claro que seria uma que homenageia essa noite nos em figura de uma animação de Tim Burton, do animação O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas, 1993):

1 - Marilyn Manson - This is Halloween



2 - Meat Loaf - Bats out of Hell


3 - Iron Maiden - Fear of the Dark


Bem, não dá pra discutir a qualidade dessa música do Iron Maiden, assim como esse álbum de 1992, abaixo um link pra se ouvir o álbum todo no YouTube (o que fui fazendo enquanto escrevia esse post):


4 - White Zombie - Eletric Head Part. 1 e Part. 2



Ambas músicas são incríveis do álbum Astro Creep 2000 do White Zombie! É um som diferente, um hard com eletrônico, claro que eu não podia deixar de fora uma música que acho incrível  com o vocalista do White Zombie em seu projeto solo:

5 - Rob Zombie - Living Dead Girl


E, pra quem se interessar numa imersão musical diferente, fica a dica de dois álbuns do Rob Zombie, um dessa música Living Dead Girl, o Hellbily Edition e Hellbily Deluxe 2. Valem a pena ser ouvidos, no primeiro (de 1998) se encontram alguns clássicos do Rob, como Superbeast, Dragula, How to Make a Monster e Meet the Creeper (música essa que é utilizada até na trilha sonora de Olhos Famintos). O segundo é mais novo (de 2014), têm algumas músicas mais sinistras, como Jesus Frankenstein e a balada Mars Need Women e a What (adoro essa música - tenho a impressão de estar numa viagem muito louca de algum tóxico quando a ouço kkkkk).

Hellbily Deluxe:



Hellbily Deluxe 2:


Só mais uma coisa em relação à Rob Zombie e White Zombie, quando ouve-se as músicas desse cara e da banda que ele era líder, a impressão real que se tem é de se estar inserido num filme de terror, sem brincadeira mesmo. Deem uma pesquisada sobre o cara, ele é diretor de filme de horror, e uns filmes bem gore mesmo, como A Casa dos 1000 Corpos e Rejeitados Pelo Diabo. A propósito, A Casa dos Mil Corpos se passa numa noite de Halloween!!! Abaixo o trailer de ambos, e também do álbum Astro Creep 2000, do White Zombie - que estou ouvindo agora -, esse também não podia ficar de fora. Também a trilha de Rejeitados pelo Diabo é bem legal, a cena final tem uma música do Lynyrd Skynyr, Free Byr que é excepcional. Fica o link aqui com a cena final do filme, não vejam se não o viram ainda, é um puta SPOILER: Cena Final Rejeitados Pelo Diabo - Música Free Bird de Lynyrd Skynyrd.

Trailer A Casa dos 1000 Corpos


Trailer Rejeitados Pelo Diabo

Àlbum Completo: Astro Creep 2000 (que estou ouvindo agora rsrsrs, não resisti)



 6 - Iron Maiden - Hallowed:


Uma de minhas músicas preferidas do Iron Maiden, só gosto mais de Fear of The Dark que esta. Essa música é uma das aclamadas e está no álbum The Number of the Beast, que foi um álbum bem controverso da banda na época de seu lançamento - quando eu era adolescente e comecei a ouvir essa banda lembro-me de ter visto um disco de vinil cuja capa tinha um selo que dizia que o álbum era satanista, coisa do tipo, não me lembro corretamente o que era agora, mas sei que tinha alguma coisa de errada. Abaixo um link do wiplash que fala do lançamento desse álbum e também um do álbum full pra quem quiser ouvir (só não o estou ouvindo agora porque decidi ouvir o Astro Creep 2000 do White Zombie rsrsrsrs).

Iron Maiden: curiosidades sobre o "The Number Of The Beast"

Álbum The Number of the Beast



7 - Metallica - The Thing that Should Not Be


Bem, pra que conhece H. P. Lovecraft essa música diz muita coisa, seu tom, seu ritmo, sua obscuridade... Essa música é do álbum Master of Puppets e tem uma outra música, a The Call of Cthulhu que também é baseada no universo de Lovecraft. Ambas músicas tem esse tom e ambas são inspiradas de  "A Sombra Sobre Innsmouth", de 1936. Esse álbum, The Master of Puppets, assim como o álbum Metallica são meus dois preferidos da banda, mas pra esse post The Thing that Should Not Be diz muito (búúúú).

8 - Blue Oyster Cult - (Don't Fear) The Reaper


Eu, simplesmente adoro essa música! É uma daquelas músicas a serem ouvidas em dias cinzentos, chuvosos, frios.

9 - Black Sabbath - Paranoid


Claro que Black Sabbath não fica de fora, e também o Velho Norcego:

10 - Ozzy Osbourne - Perry Mason


11 - AC/DC - Highway to Hell


12 - AC/DC - Back in Black


O que dizer dessas duas músicas? São clássicas!!!! São demais... e o que dizer do álbum Back in Black? Cara, simplesmente é meu álbum preferido. Adoro Back in Black.


Não podia deixar de colocar o álbum completo.



E, pra finalizar... uma música que me arrepia... uma música que até hoje fico pensando em que diabos pensou o cara que a escreveu e as pessoas que a cantaram:

13 - Jeepers Creepers


Quis colocar aqui a versão do filme Olhos Famintos porque é a que me dá mais medo!

Bem, aí estão minhas músicas!!! Espero que gostem.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Atrasadíssimo Projeto H #semana01 e #semana02

Antes de iniciar, como no post anterior, durante o processo desse fui ouvindo algumas músicas, rock clássico de novo e um álbum completo do duo Syntax, Meccano Mind - os caras são bons demais. Aqui vai o link pra se poder ouvir esse álbum enquanto lê isso e entrar no clima. É música eletrônica, mas tem uns nuances muito gostosos de lôbrego, pelo menos para mim.



Agora, vamos! 

Atrasadíssimo, como dito no título desse post, no entanto, posso me explicar, fiquei escrevendo, lendo e relendo, arrumando aqui e ali, assistindo mais do que lendo e também trabalhando... por isso, não pude concluir tudo no prazo, mas essa semana creio que também coloco a #semana03 aqui, afinal, a coisa já tá andando melhor que antes. Bem, continuando o que era pra ter sido a #semana01 (rsrsrsrs), venho falar dessa vez sobre contos que li essas duas semanas primeiras semanas, mas, ressalvo, que ainda estou lendo alguns nessa terceira, confesso que a quantidade dessas duas primeiras semanas foi bem menor que pretendia, mas, ao menos foram bons contos. Li alguns contos do livro Contos de Horror do Século XIX e outros de outros livros, como uns de Poe e Algernon Blackwood e Stephen King, que falarei na #semana03. Enquanto escrevo estou em processo de leitura de A Volta do Parafuso, novela inclusa no livro Contos de Horror do Século XIX.


Mas, antes de continuar, quero deixar uma coisa clara aqui, a diferença entre histórias de terror e horror. Existe diferença? Sim, existe, eu mesmo até pouco tempo pensava que eram sinônimo. Sendo sucinto, horror é uma coisa que causa repulsa, nojo, que deixa inquieto,  mas necessariamente, não causa medo, são história de nível mais gore, onde jorra-se sangue à revelia. Terror causa medo, vai te assustando lentamente, criando a tensão, é mais psicológico, sugestivo; dá pra se perceber bem essa diferença nos filmes de horror e terror. Filmes de horror são, geralmente, aqueles filmes de mortes sangrentas (seriais killers e seus afins), os de terror, são filmes mais psicológicos e nos causam medo mesmo, o terror trabalha a subjetividade do mal dentro de nós, enquanto o horror trabalha a repulsa que o humano tem frente às situações. No entanto, uma obra pode conter ambos elementos, claro que um vai estar mais presente que o outro.


 Assim, já colocadas as definições, volto a falar do que li. Na primeira semana li alguns contos do livro Contos de Horror do Século XIX, seleção de Alberto Manguel (Companhia das Letras, 2005).
Esse livro ficou algum tempo fora de catálogo e era possível comprá-lo somente em sebos e seu preço era um pouco salgado, mas então, a Companhia das Letras publicou outra edição e com isso o preço ficou mais acessível. Eu pretendia ler os contos na ordem disposta no livro, e foi o que fui fazendo até chegar no conto A Volta do Parafuso, de Henry James, acho que ele deve ser o décimo conto do livro, aí então eu pularia para alguns específicos mais à frente e os leria avulso até ter lido todo o livro. Acabou que li apenas primeiros contos e agora estou dando continuidade. O primeiro do conto do livro foi o que me fez ler nessa ordem, esse conto, A Mão do Macaco, de W. W. James, já me atraía desde quando eu o soubera no livro. Já o havia lido há algum tempo e não me lembrava de todo sue conteúdo, embora recordasse muito bem de seu final tenso. Em seguida foi o conto foi A Família do Vurdalak, de Aleksei Konstantinovitch Tolstói (esse, primo do Tolstói autor de Guerra e Paz) ,o terceiro lido foi O Cone, de H. G. Wells, o seguinte, Os Lábios, de Henry St. Clair Whitehead, após este, os seguintes, A Última Visita do Cavalheiro Doente, de Giovanni Papini e A Larva, de Rubén Dário, em seguida A Fera de Joseph Conrad e, A Mulher Alta, de Pedro Antonio de Alarcón, e, por fim, A Janela Vedade, de Ambrose Bierce. Antes de começar a ler seus contos, fiz uma boa pesquisa sobre o livro, e também assisti a alguns booktubers falando dele, tais foram Tatiana Feltrin, do canal TLT, Rubens Jr., do canal Ler Vicia e Adriana Zampolli, do canal Livros e Post it, sempre falando bem dos contos ali inseridos, sempre elogiando a coletânea e o elaborador. Foi isso que me levou a adquiri-lo, e não me arrependi. A seleção de contos é bem seleta, esses primeiros contos que li mesmo vi uns q gostei pouco e tb outros que gostei muito, como A Mão do Macaco e Os Lábios (esse surpreendente).

Esse vídeo abaixo é do canal TLT da Tatiana Feltrin, gosto muito do canal dela.

Link do canal: Canal TLT 

No vídeo abaixo ela fala a respeito de "Livros e contos de Horror, de Medo, de Morte, etc...", título do vídeo no canal. Ela não fala apenas do livro em questão, Contos de Horror do Século XIX, mas também aborda outros, tais como Os Melhores Contos Fantásticos, organizado por Flávio Moreira da Costa, Os Melhores Contos de Loucura, também por Flávio Moreira da Costa, Edgar Allan Poe - Collected Stories and Poems, fala do conto Venha ver o Pôr-do-Sol, da Lygia Fagundes Telles, conto Miriam, de Truman Capote, também o conto Casa Tomada do Julio Cortázar (esse conto deve ser demais), O Cemitério e O Iluminado, de Stephen King, Horror em Amityville, de Jay Anson (também é ver um outro post onde ela fala de sua impressão do livro e dos filmes que viu, o interessante que ela "detona" a história e tudo o que ela fala faz sentido - não mudo minha opinião que aquela história é real, mas o ponto de vista dela é bem legal também), por fim, O Exorcista, de William Peter Blatty.

 

Esse outro abaixo é o do cana com Rubens Jr., nesse canal entro sempre pra ver e rever os vídeos.


Um adendo, esse ano o canal já está no sexto ano com o Mês do Halloween e foi esse foi o primeiro canal que tive contato (ainda sou um pouco novo nesse segmento de ver vídeos de booktubers). A abertura do vídeo que vi, de Halloween, me impressionou muito (aquelas criaturas se escondendo atrás das árvores, com aqueles olhos brilhantes me dão medo até hoje, e segundo o Rubens, aquilo foi real, foi uma câmera de segurança que pegou numa fazenda). Bem, continuando, o Rubens foi o primeiro booktuber a "comemorar" o Halloween desse jeito e os vídeos dele valem a pena de serem vistos (assim como os da Tatiana e Adriana). 


Essa foi a terceira postagem desse mês de Outubro desse ano, 2017, onde o Rubens fala de todos os contos que pretende ler nesse mês, é uma imensidão de livros e também de filmes cujos trechos aparecem no vídeo, não vou colocá-los aqui porque ficaria muito extenso, mas pra se ter uma ideia são vários livros de contos onde ele se predispõe a falar de um conto por dia, aqui tem contos do livro que eu disse, Contos de Horror do Século XIX, também tem Poe, tem Richard Matheson, tem Stephen King, Ultra-Carnem do César Bravo (esse eu comprei tem poucos dias e assim que chegar vou lê-lo), M. R. James, tem Lovecraft e Robert Bloch e muitos outros, vale a pena ver esse vídeo também.

Abaixo deixo o link pro canal da Adriana Zampolli, Livros e Post It. Ela não fez resenha sobre esse livro, pelo menos não me recordo assim, contudo creio que em algum dos vídeos dela ela fala do livro, mas peço desculpas a quem ler por não conseguir me recordar, mas ela fala bastante de livros de terror também e também "comemora" esse mês de Halloween.

Link do cana da Adriana Zampolli: Livros & Post It

Agora, continuando com o livro que eu vinha falando antes de me perder falando desses booktubers que sigo e gosto. Começando com A mão do Macaco, este é  um clássico, acredito que ele aparece outras antologia de contos de terror. É um conto que começa bem legal, depois, quando a dita mão aparece, uma tensão vai se desenvolvendo até atingir seu clímax e final, e que final! A história é simples, uma família recebe a visita de um amigo, um senhor militar que esteve na Índia e trouxe de lá um amuleto - a dita cuja mão do macaco. Diz que o amuleto pode realizar três desejos a quem pertence, mas que esses desejos realizados vêm de forma não esperada. Bem, ele decide se desfazer do amuleto de um modo abrupto e o chefe da família acaba tomando-o para si sem a intenção de fazer esses pedidos (isso é o que o autor nos diz, mas, isso que é interessante, dá-se pra ver o subconsciente da personagem se manifestando). Acontece que numa outra feita a família decide fazer um pedido e então vem o desenrolar. O terror no conto é bem sugestivo, e quando chega o final não se sabe no que pensar, não se sabe o que se passou com certeza, só se consegue sentir a tensão do casal de idosos e o pavor que a tempestade fora da casa causa!

O segundo conto, do Tolstói (esse é primo do famoso escritor de Guerra e Paz), A Familia do Vurdalak é interessante também. Não tem aquela atmosfera do anterior, mas é possível sentir os ares do século XIX nele. O legal que representa aquelas noites antigas da época que não existia televisão (e acredito que devia ter um tipo de vantagem nisso, pelo menos é o que vemos romantizado, claro que assistir a filmes e séries é bom, mas que temos que concordar que a televisão tem seus momentos de devoradora da vontade, isso ela tem), onde várias pessoas começam a contar histórias, mas as histórias ali narradas são coisas que "aconteceram com primos", o "tal do um amigo do meu amigo disse" - como lendas urbanas -, e então, um senhor, o mais velho ali, abre a boca e diz que as histórias são fantasiosas, falta-lhes autenticidade, e então, narra uma história própria - que vai praticamente pelo conto todo. Lá ele narra a história de uma família, cujo patriarca sai à caça de um criminoso e diz que se não voltar em 10 dias podem dá-lo como morto, mas, que se voltar após esse décimo dia, não o deixem entrar, pois ele teria se transformado num vurdalak (vampiro). Aqui vai um adendo que encontrei no livro Histórias de Vampiros de Claude Lecouteux: Vurdalak não é um termo das crença russa para vampiro, foi inserido por Pushkin que os emprega exclusivamente nos poemas "Marko Jakubovitch" e "Vurdalak", e são basicamente mortos que saem de seus túmulos e sugam o sangue dos vivos. Portanto, os Vurdalak do conto de Aleksei Tolstoi são nossos vampiros - interessante uma coisa, pelo que li, eles saem durante o dia. O conto é até legal, mas não foi um dos meus primeiros favoritos.

O Cone, de H. G. Wells, é legal também, é tenso e envolve simplesmente o adultério, nada mais. Como sabemos, H. G. Wells era um homem da ciência como vemos em seus livros, e esse conto também fica nesse lado de progresso. É uma ode à industrialização, à maquina, ao processo fabril, e nele temos um marido traído pela esposa com seu amigo. O que vem disso?

Os Lábios, de Henry St. Clair Whitehead, foi um de meus preferidos. É um conto cujo protagonista, Luke Martin, é capitão de um navio negreiro. O negro é narrado como sub-humano no conto, mas não podemos criticar Whitehead quanto a isso, porque são as impressões que vemos do capitão do navio. Luke realmente os detesta e os trata como animais. O sujeito passou parte da vida traficando escravos. Quando está em St. Thomas, capital e cidade principal das Índias Ocidentais dinamarquesas onde deixa alguns escravos, a seu mando um dos capatazes chicoteia uma mulher com uma criança para que se movessem, então, essa mulher negra rapidamente se abaixa e consegue sussurrar uma palavra nos ouvidos do capitão. Aí, a coisa desanda. Chega um momento no conto que o título passa a ser insinuado com o espectral que ele representa e você passa a se perguntar "o que foi que aquela mulher sussurrou? Uma maldição? O quê?" E temos a resposta no conto? Isso não vou responder, fica a cargo da curiosidade, no entanto, posso dizer que após esse encontro o capitão passa a sofrer de uma moléstia que jamais o abandona até entregar-se ao delírio. Alguma coisa errada - muito errada - acontece com ele, e ele não quer admitir isso até que vemos um final excelente.

Os outros quatro seguintes foram os que menos gostei: A Última Visita do Cavalheiro Doente, de Giovanni Papini é uma conversa onírica, sem nexo, não gostei mesmo, entendi seu final, mas ficou como alguma coisa que sei lá, não sei! E, A Larva, de Rubén Dário, uma história até que boa, deve ter sido daí que veio as histórias urbanas da mulher que sai do cemitério na noite de Halloween para se passar de humana. O conto não é ruim, nem devo dizer que ele é batido, pq creio que deve vieram vários outros, mas, senti meio vazio. A Fera, de Joseph Conrad, também seguiu esse caminho de eu gostar pouco. O conto é bem escrito e narra as desventuras de marinheiros num navio, o do título. É um navio cheio de caprichos que em todas suas viagens causa assassínios. Não é de todo ruim, eu apenas não gostei; por fim, A Mulher Alta, de Pedro Antonio de Alarcón, que me foi decepcionante. Ah, é válido dizer aqui que todos os contos tem uma espécie de introdução escrita por outros autores ou críticos, e quando li sobre esse A Mulher Alta esperei coisa boa, coisa grande mesmo. Todo o conto é bem escrito e a história vai bem até chegar em seu final. O final foi um golpe no estômago, a dita mulher alta do conto é tida como uma referência à morte, isso a introdução nos insinua, mas fiquei à deriva no final, sem compreender certo o que foi que aconteceu ali. Excetuando A Fera, os outros contos são bem curtos, rápidos de serem lidos, ainda bem!

O último conto que li antes de chegar no A Volta do Parafuso, foi A Janela Vedada, de Ambroise Bierce. Ainda bem que tive o prazer de ler um conto excelente depois de passar por esses outros. Vou falar pouco do conto, mas garanto que é válido de leitura. É um conto curto que narra a história de um homem com hábitos de eremita. Vive afastado da civilização, próximo a uma floresta que, no passado com sua esposa, derrubou algumas árvores para sua sobrevivência, até que uma desgraça acontece na vida do casal e passam a viver no isolamento. É um conto de final ótimo, acho que um dos melhores finais e gostei dele quase tanto quanto do Os Lábios.

No momento, como disse antes, leio A Volta do Parafuso, de Henry Miller. A leitura não está muito amarrada, demorou um pouco porque fiquei envolto em outros contos e novelas, tais como Os Salgueiros de Algernon Blackwwod, um conto do Capote, e Poe e mais alguns outros - todos indicações desses youtubers que falei antes.

O post ficou bem extenso, maior do que eu queria e vou voltar ainda a postar aqui essa semana sobre os filmes que vi e uma temporada de uma série, assim como desses outros contos que falei no parágrafo acima.

Até logo.

Ah, além do álbum Meccano Mind do Syntax fui ouvindo algumas outras músicas, listadas abaixo:


The Smashing Pumpkins - Perfect
The Smashing Pumpkins - 33
The Smashing Pumpkins - Tonight, tonight
Álbum Meccano Mind - Syntax
Judas Priest - You've got another thing comin
Motley crue - Too young to fall in love
Megadeath - Peace sells
Autograph - Turn up the radio
Twisted Sister - I wanna rock
Ozzy Osbourne - Bark at the moon
Anthrax - Madhouse
Iron maiden - 2 minutes to midnight

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Projeto H #semana01 - Série O Exorcista (The Exorcsit, 2016)

Olá, gente! Bem... estou atrasado em lançar aqui minhas opiniões da #semana01 do Halloween. É porque eu não tinha escrito ainda, ou melhor, até tinha escrito alguma coisa, mas faltava melhorar, revisar - faltava também ler alguma coisa a mais e assistir outras coisas; não dei conta! Impressionei-me com algumas pessoas que conseguem produzir bons posts - tanto no YouTube quanto em páginas do face -, diariamente. Infelizmente, embora tenha tentado, não consegui dar conta de assistir tudo e ler tudo nessa #semana01. Também cometi um erro que jamais repetirei: ler tudo, assistir tudo e depois escrever! Isso foi uma decisão muito errada por dois motivos, o primeiro, eu poderia ter feito cada coisa e escrito aqui, assim, quem lê o blog (ou segue no face), poderia ir lendo minhas impressões enquanto eu vivenciava. Não é porque estou relendo, ou mesmo reassistindo que não vou aprender alguma coisa nova - nesse mundo literário de do cinema sempre se aprende alguma coisa quando relê ou reassiste. E foi o que aconteceu, reassistindo A Possessão do Mal (The Possession Of Michael King, 2015) e O Exorcismo de Emily Rose (The Exorcism of Emily Rose, 2005), mudei minha visão quanto aos dois filmes. Mas, num erro, decidi ler tudo, assistir tudo e depois escrever tudo de uma vez, e fiquei um pouco atulhado. Durante a #semana01 fui lendo alguns contos (enquanto também lia Julie e Julia) do livro Contos de Horror do Século XIX e uns outros que não fazem parte desse livro e que falarei mais à frente. Assisti à toda primeira temporada da série O Exorcista (The Exorcist, 2016), também comecei a assistir a primeira temporada da série Outcast (2016), ainda assistindo enquanto escrevo esse texto - ambas bem legais, Outcast sendo bem melhor que O Exorcista (que não me atingiu como pensei que faria). E também eu ia assistindo a uns posts de alguns canais no YouTube que sigo e que o pessoal tava falando de Halloween.

Então, decidi mudar as coisas de última hora. Pra poder fala de tudo que quero falar sem ser muito extenso (pra não cansar quem me lê), resolvi que falarei sobre três coisas apenas nesse primeiro post da #semana01. Primeiro, vou falar da minha impressão de O Exorcista.

O Exorista (The Exorcist, 2016): Primeira Temporada






Embora eu fale aqui primeiro de O Exorcista, não foi bem com ele que comecei meu mês de Halloween, tive um tipo de pré-estreia, como disse aqui num post anterior (pro blog). Uma semana antes de começar o Outubro eu li o conto Às vezes Eles Voltam do Stephen King. Esse conto eu já havia lido há vários anos, mas não me recordava, assim como outros do livro de contos do King Sombras da Noite. O primeiro interesse foi num filme que li sobre em um site que agora não me recordo, mas despertou interesse e procurei e encontrei. Assisti primeiro ao filme e depois li (ou reli) o conto. Ainda bem que assisti ao filme primeiro. O conto é legal, mas o filme é bem melhor, o final do filme é bem mais interessante que o do conto (aqui no link está o endereço do blog pra ler toda essa minha opinião: Pré-halloween).

Voltando ao O Exorcista, eu assisti o primeiro episódio em sua estreia, achei legal, mas depois não voltei a rever a série, deixei de seguir os episódios. Não quer dizer que esse primeiro episódio é ruim, ele é bem interessante, consegue-se ver até uma referência nele, ou no próximo episódio, não consigo me recordar de qual, ao filme O Exorcista (The Exorcist, 1973) numa foto que nos mostra a escadaria onde o Padre Karras morre. No início da primeira semana de outubro voltei a assistir. Gostei novamente e dei sequência. A série não me decepcionou nos primeiros episódios, desenvolvendo o plot principal, mostrando a possessão, mostrando o envolvimento de um grupo de satanistas.

Bem, aqui estão o trailer e uma sinópse:

Trailer:

 


Sinópse:

The Exorcist é um propulsivo thriller psicológico acompanhando a abordagem de dois padres diferentes no caso de uma família acometida por uma horrível possessão demoníaca. O padre Thomas Ortega (Alfonso Herrera, de Sense8) é a nova face da Igreja Católica: progressiva, ambiciosa e compassiva. Ele comanda uma pequena mas leal paroquia em um subúrbio de Chicago, e não tem ideia de que sua vida tranquila está prestes a mudar para sempre.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, outro padre se encontra preso numa luta de vida e morte contra o mal: o padre Marcus Brennan (Ben Daniels, de House of Cards), um moderno templário e órfão criado pelo Vaticano para travar guerra contra seus inimigos. O padre Marcus é tudo que o padre Thomas não é: implacável, abrasivo e totalmente consumido por sua missão sagrada.

Jogada no meio de tudo isso, está a família Rance, cujos membros são da paroquia de Thomas. À primeira vista, formam uma normal e suburbana família, mas nem tudo é como parece na casa deles. O patriarca, Henry Rance (Alan Ruck), está lentamente, mas seguramente, perdendo seu juízo. A filha mais velha, Katherine (Brianne Howey, de Screan Queens), se tornou reclusa, que não sai do seu quarto para nada. Sua irmã mais nova, Casey (Hannah Kasulka, de The Fosters), acha que está ouvindo barulhos estranhos vindos do interior das paredes. E a matriarca Ângela (Geena Davis) está sendo atormentada por constantes pesadelos, cada um mais assustador que o outro. Ângela acredita que existe algo naquela casa, uma presença demoníaca, se fortalecendo a cada dia. Desesperada, ela implora por ajuda ao padre Thomas, involuntariamente colocando o jovem e inocente padre em rota de colisão com o padre Marcus. Separadamente, cada um deles enfrenta uma tarefa intransponível, mas juntos eles se tornam a única esperança na batalha contra uma força do mal que está se mobilizando há séculos.

(A sinópse completa da primeira temporada, extraída de: Sinópse completa Observatório do Cinema)

Bem, nessa longa sinopse consegue-se ter ideia do que é apresentado nessa reinvenção de O Exorcista. O filme teve seu impacto em seu lançamento em 1973, causava medo, muito medo mesmo, tanto que me recordo de tê-lo assistido quando eu ainda era criança e tive um sério problema com o medo que esse filme me trouxe. Ainda teve duas sequências (o livro teve uma sequência que não chega a ser tão boa como o original, mas também, não deixa para menos), mas nada como o primeiro. Eu fui crente que ia gostar de toda a série, depois de ter pesquisado, mas, depois dos primeiros episódios, depois que vemos a possessão, que conseguimos sentir o drama da família, que parece que tudo vai andar, acontece o que não gostei. Gente, aqui vai SPOILER: pensei que a série seria independente, teria a ideia principal do filme, mas não, tinha que ir buscar a raiz no filme, reapresentando Regan Macneil e sua mãe. Não digo que ficou ruim, digo apenas que não gostei. Os dois padres estão ótimos, Ben Daniels está tão incrível como Padre Marcus, assim como Alfonso Herrera com seu Padre Thomas. É grande a diferença de caráter de ambos, o jeito impetuoso, um tanto agressivo e temerário de Padre Marcus é totalmente contrário ao de Padre Thomas, frágil, preso a paixões, mais humano que seu futuro amigo. Um é aprendiz, o outro o mestre. Isso não foi inovador, mas funcionou muito bem na série. Consegue-se ver a firmeza e incômodo que um causa à Igreja, a ponto de ser excomungado, enquanto o outro é um marionete, um jovem ambicioso que quer seu lugarzinho no sol (no caso, numa igreja maior - já que ele trabalha numa igreja pobre, de subúrbio sem dinheiro algum). Funciona também o casal Rance, Henry e Ângela (Alan Ruck e Geena Davis) conseguem passar aquele feeling de casal mesmo, até quando os problemas começam a acontecer e entra em cena o que me desagradou na série e já disse acima. Um ponto importante que não posso deixar de ressaltar é que a série, embora seja boa, não é tão tenebrosa quanto o filme O Exorcista, nem mesmo quanto o livro. É tensa, tem momentos angustiantes, momentos bem violentos, que você quer ver o que vai acontecer, contudo, para mim, numa certa altura, queria ver mais a atuação dos padres. Claro que xingava o Padre Thomas pelas besteiras que fazia e aplaudia o cinismo e impetuosidade de Marcus - tem uma cena ótima de um exorcismo que ele faz num convento de freiras, que cena foi aquela?! Ótima mesmo, o momento que ele vai contra o possuído e o agarra pelo pescoço é incrível, e a expressão no rosto do padre surpreendente, parece que ele vivia aquilo de verdade. Meu incômodo vai depois que acontece um desaparecimento e depois, quando descobrimos que Pazuzu está por trás de tudo aquilo, a coisa desandou. No filme, Pazuzu dá medo, na série, ele é apenas sátiro, sardônico, isso sem contar os outros demônio nas outras pessoas que estão possuídas. Quando ocorrem reuniões fica um sentimento de o"falta de respeito" com os demônios ali manifestos, não que tenham que ser respeitados, mas digo em relação ao que já vimos antes em filmes assim; achei os demônios muito fanfarrões.

A primeira temporada ainda acaba bem, consegue construir um final legal, que serve como um pequeno desfecho mesmo. Ainda ficam alguns ganchos pra segunda temporada, que já está no ar. Vou esperar um pouco pra ver essa segunda porque quero assistir a vários episódios de uma vez, seria muito angustiante terminar num episódio ótimo e não poder ver a continuidade.

Bem, minha impressão da série foi essa, não sei se concordam comigo, pode ser que a maioria discorde, mas sempre que lembrar dessa primeira temporada vou pensar isso.

Logo volto pra falar mais dessa #semana01; e já em andamento os trabalhos da #semana02.

P.S.: como gosto muito de música (creio que todos gostamos), aqui vou deixar as músicas que ouvia enquanto escrevia esse texto, desde sua criação à revisão e postagem aqui.


Bats out of hell - Meat Loaf
Proud Mary - Creedence Clearwater Revival
Devil With A Blue Dress On, Go Mitch Ryder & The Detroit Whee
How Soon Is Now - The Smiths
Lake Shore Drive - Aliotta Haynes Jeremiah
Sweet Little Sixteen - Chuck Berry
Flash Light - Parliament
Good Times - Chicc
Take Me To The River - Al green
Monkey Gone To Heaven - The Pixies
She's Not There - The Zombies
Little Wing - Jimi Hendrix
Fire And Rain - James Taylor
Hey Jude - The Beatles
Rhiannon - Fleetwood Mac
Sweet Home Alabama - Lynyrd Skynyrd
Family Affair - Sly & The Family Stone
You Don't Have To Say You Love - Dusty Springfield
Rockin' In The Free World - Neil Young
Lady In Black - Uriah Heep
Earth Angel - The Penguins
Cathy's Clown - The Everly Brothers
Rollin' Stone - Muddy Waters
Baby Love - The Supremes
Dancing Queen Abba
Your Cheatin' Heart - Hank Williams
I Saw Her Standing There - The Beatles
Shout (Parts 1 And 2) - Isley Brothers

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Foi um tipo... pré-halloween!

Semana passada, uns dois dias antes de Setembro se esvair e Outubro renascer, pensava eu no que, depois, dei o nome de Projeto Halloween, ou #projetoh como tenho chamado. Ainda era uma coisa eu tinha em mente e não sabia se sairia, não era fácil decidir. Pensem: imagina, ficar pensando no que ler, no que assistir e o sentimento que isso me traz... bem, meus dias são assim! Fico pensando sempre nisso, mas nunca pensei assim pra usar a escrita pra me expressar. Claro que já escrevi sobre o que li e assisti e ouvi, mas era diferente o fato de eu começar a elencar o que iria ler, assistir e ouvir... bem, não era uma coisa que eu já não pensara. Tinha o Projeto 52 em mente... e então, quando pensei no #projetoh vi que o P52 era um tipo de antecessor (uma ideia primeva) a ser testado e o teste era o Projeto Halloween! Então, mais firme comecei com as fotos no face, comecei com algumas ideias lançadas, tudo sem pretensão - fique claro que faço isso pra satisfação própria (puramente egoístico), só pra eu ver que consigo, pra eu ver que posso ler e falar sobre o que li, que posso assistir e falar sobre o que assisti.

Mas, então, na semana passada assisti ao filme Às Vezes Eles Voltam, homônimo de um conto de Stephen King, do livro Sombras da Noite. Filme muito gostoso de ver, que trouxe em mim aquela Sob a Redoma, o livro vai se construindo devagarinho, bem lentamente, mas não chega a ser monótono. Então, quando tudo tá  indo bem, indo bem mesmo, vem a "cagada" de King.Bem, não digo que é ruim, digo apenas que ficou sem nexo algum. Como que uma ideia sobre formigas pode ter sido resultado de tudo aqui??? Bem, não quis spoilar e nem o fiz com tanta grandeza assim, mas quem leu vai entender, quem não leu, nem sabe o que pensar. Bem, então, comparando o conto ao filme, posso assegurar, o filme é MUITO melhor. Toda a estrutura é independente, apenas a ideia principal que se faz presente. O início de cada um tem a equidade e... bem, gente, agora vão ter alguns SPOILERS se já leram o conto e viram o filme, sintam-se à vontade em continuar, se não fizeram peço desculpas, mas vou falar sobre ambos. A diferença em que cada um dos rapazes vilões são apresentados no conto parece fraca demais, mas no filme tem a intensidade das mortes que antecedem às antecedem para assombrar Jim Norman. Creio que um dos maiores acertos no filme foi a forma como a família de Jim Norman é mostrada, no conto, é tudo muito vazio, não se percebe nem a mulher dele - e o filho então, nem existe!, e olha que o menino é um grande acerto no filme. Quanto ao final, o do filme se justifica naquelas falas copiadas do começo, mas no conto tudo é muito diferente. Ainda mais em relação ao nome do conto e do filme, até nisso tem uma grande diferença - uma diferença muito decisiva em cada uma dos meios que a história é contada, e isso não vou dizer aqui porque estragaria, spoiler é uma coisa, estragar tudo é outra, rsrsrs.


O filme funcionou pra mim como um pré-halloween. Gostei do ar que ele me trouxe antes do começo do que tive por atividades de Halloween, valeu a pena. O conto acabou entrando no caminho da leitura. eu não pretendia relê-lo, mas depois de assistir ao filme não tinha como deixá-lo de lado, e  não o fiz. Vou reler alguns outros contos do livro Sombras da Noite. Vou tentar ler os contos que viraram filmes, como As Crianças do Milharal, A Máquina de Passar, O Último Turno, e mais algum outro, pra depois voltar a falar deles aqui.

Ah, uma outra coisa, o filme tem continuações, duas pra ser exato. Eu não as assisti e nem sei se vou ter coragem, porque só lendo a sinopse deu medo - não medo causado pelo filme, mas medo da "desgraça" que ia ser assisti-los!

Abaixo vou deixar o link do filme Às Vezes Eles Voltam dublado e legendado. A dublagem é clássica, e foi a que eu assisti, realmente vale a pena. Eu, particularmente, não gosto de filmes dublados, mas esse ficou legal.

Trailer Às Vezes Eles Voltam

Às Vezes Eles Voltam - Dublado

Às Vezes Eles Voltam - Legendado