segunda-feira, 23 de julho de 2012

Chernobyl Diaries / Livro: Um Bom Ano ***SPOILERS***

Um

Ontem tive a depreciação de ter assistido Chernobyl Diaries. A única palavra que me ocorre pra descrevê-lo: terrorível (tomo emprestada a expressão de meu amigo Tigrão do Ursinho Pooh - nada a ver com o que estou escrevendo sobre o filme de terror, mas é a melhor palavra pra descrever a coisa que assisti: terrorível!). Primeiro fui crente naquela propaganda que anunciava o filme sendo do criador de Atividade Paranormal. Puta, pensei, deve ser bom então. E foi um fiasco. Um fiasco. Primeiro, o filme não deixa certo se era pretendido em câmera em primeira pessoa (como no Atividade) ou em terceira pessoa, mas acaba assumindo grande parte em terceira pessoa, somente nas horas que tentava explicar alguma coisa que colocava em primeira pessoa - como na cena do desaparecimento do irmão de Paul e sua namorada. Ainda ocorreu comigo um fato antes mesmo de ter visto o filme. O trailer, no trailer que vi no youtube já dava pra ter ideia do fiasco. 'Tá bom de deve ter gente que gostou do filme, deve ter gente que encontra explicação no que não tem - e esse filme não explica nada, as coisas são simplesmente jogadas pro espectador e ele que se foda.

Bem, voltando ao filme (olha só gente aqui tem Spoilers), o grupo acaba concordando com Paul - um dos únicos cujo nome me lembro -, que mora em Kiev e é irmão dum dos protagonistas, residente dos States e que está viajando junto da namorada e uma amiga pela Europa. Eles encontram Paul em Kiev e o cara acaba dando a ideia de visitarem Prypiat, cidade próxima a Chernobil onde moravam os operários da fábrica. Aí existe, no trailer, a insinuação de fantasmas ou zumbis ou canibais, ou qualquer coisa dessas, nem no trailer isso fica claro - no filme dá só pra "quase" exlcuir fantasmas, o resto é aceitável. Paul tinha contratado Ury, ou Yuri, pra levá-los até a cidade maldita. Bem, quando estão na loja de Yuri chega mais um casal que vai se aventurar com eles. Prontos? Aqui começa a viagem...

Até essa introdução a coisa tá legal, não tá nada ruim... mas isso é só o comecinho. Bem, eles chegam na cidade e tem uma barreira do exército. O Yuri vai falar com os caras e volta triste dizendo que não podem ir lá porque estão realizando manutenção em alguma coisa - a cidade é abandonada, manutenção em quê??? Mas... como todo bom clichê dum filme de terror onde todos se fodem no final, o Yuri conhece um caminho que podem usar... é de rir ainda mais porque o pessoal do exército não estão guardando esse outro caminho (aí fica só uma coisa que eu tinha me esquecido, o Yuti era do exército e conhecia a cidade abandonada, então, por que o resto do pessoal do exército não conhecia?). Bem, clichê já dado, eles entram na cidade e vão passear deixando a van que vieram. Aí a coisa desanda, porque segundo o Yuri eles podiam ficar até duas horas ali e vão sair quando está escurecendo, mas o carro do Yuri está com problemas (outro clichê). Antes disso teve uma cena que o Yuri vê alguma coisa num chão dum apartamento, como se fossem cinzas, e raspa com o pé pro resto do pessoal não ver. Aí dá a entender que ele sabia que tinha alguma coisa ali. Então, se ele sabia por que quis ir? Por que arriscar? E além do mais, quando ele volta pro carro e fala uma coisa do tipo eles destruíram o carro, quer dizer que ele tinha consciência. Na hora me recordei do filme A Maldição da Sétima Lua, que tem essa premissa do pessoal ser deixado pra ser devorado, e era o que o filme sugeria. MAs então depois quando o Yuri é atacado, o irmão do Paul ferido e a coisa toda desandando é que vemos que não tem nada a ver. Bem, chega de spoilers. Vale dizer só mais uma cena, que tem no trailer, onde o pessoal encontra uma menina de costas (outro clichê) e a chama, então, uma das moças é atacada e levada. O que diabos aconteceu ali? Por que eles precisariam distrair o pessoal se já os estavam perseguindo, caçando? E também não chega a mostrar os bichos, a gente que pressupõe que são ex-moradores, ou algum pessoal que ficou preso ali e acabou mutando. Ainda no filme tem cenas de fiascos de perseguição de animais, e duma captura do exército. No total o filme é péssimo, ruim mesmo, eu não indico a ninguém - só a algumas pessoas que não gosto e se me perguntarem dum bom filme pra ver, aí sim, vale a pena indicar, hahaha. Só mais uma coisinha, nunca mais vou assistir um filme onde eu ver que é do criador de Atividade Paranormal.


Dois

Hoje acabei de ler Um Bom Ano. Adorei. Gostei pelo fato de ser bem diferente do filme, foi quase como se fosse inédito. Eu, particularmente, prefiro o filme, acho ele mais romântico, mesmo não gostando do Russel Crowe em sua performance de Max Skinner. Mas, o filme é doce, como o vinho Le Coin Perdu deve ser. Claro que o roteirista teve que excluir algumas personagens importantes e minimizar outras, o caso de Auzet e do enólogo, mas tudo bem. Adorei o livro e o sugiro, mas prefiro a beleza cantante do filme... nele até o Henry tem poesia e o Dufleut também, no livro é Russeal.

Fica aí a dica pra quem quiser assistir um bom filme e ler um livro agradável.