Fico aqui pensando comigo, como algumas pessoas conseguem serem excepcionais em algumas coisas? Peguei-me pensando nisso ao ver e ouvir um sujeito tocando Paganini no youtube. Em alguns momentos parece que os dedos deles se misturam com as cordas, o som se mistura com o próprio ser do balançar do violinista, e, aquilo traz uma melodia tão gostosa, tão maciça, que é incrível. Depois, mudei meu pensar para os escritores. O que faz um livro de um escritor ser bom, não digo ser agradável de leitura - aquele tipo que lê-se e descarta-se tão logo findado, mas sim, aquele livro que penetra a alma, que traz emoção ao leitor, como um Goethe, por exemplo? E então, fui para lado dos cientistas, com o mesmo tipo de pensamento. Por que da Vinci era como era? Por que Einstein era como era? Por que os filósofos da antiguidade, da idade média e moderna eram como eram e são como são?
Pensando, vi uma resposta bem interessante. Todos essas personas e
afins que cito acima são talentosas? Sim, são. Têm dons específicos que
fazem com que seus cérebros e sentidos tenham maior capacidade de
absorção de conhecimentos específicos? Sim, decerto. Tem sensibilidade e
perspicácia? Absolutamente! Mas, todas elas também tem duas coisas que
me faltam: dedicação e disciplina. É espantoso como o ato de tocar um
violino e tocá-lo novamente, e novamente e novamente... de elaborar um
pensamento e repensá-lo e repensá-lo... de pesquisar, descobrir,
quantificar e refazer tudo aquilo... de escrever, de reescrever, de
tornar a escrever e reescrever... é impressionante como esses atos
lapidam uma pessoa, como as transformam em seres que olhamos e
admiramos. Uma vez ouvi um palestrante dizer que algumas pessoas chegam
nele e perguntam: "Como você consegue ler tanto?" e ele respondeu, "Eu
simplesmente sento e leio". Falta muito disso em mim... infelizmente! Só
posso desejar-me mais disciplina, mais perserevança, mais dedicação... e
também, mais joie de vivre ao fazer isso!
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