terça-feira, 5 de setembro de 2017

Hoje!!

Hoje!!!

Não preciso pesquisar dicionário algum pra ver o significado da palavra Hoje, ou mesmo etimologia, ou qualquer coisa que o valha pra poder dar um simples significado a um... sei lá o quê(?)!! Mas sei que Hoje foi único, não foi apenas hoje, ma sim, Hoje. Hoje foi um dia que acordei pela manhã, que senti preguiça de levantar, mas sabia que tinha compromisso e levantei. Tive que fazer a barba (e é um sofrimento toda vez! adoro esse pelo que tenho na cara!) e tive meus afazeres profissionais. No decorrer deles descobri capacidades que antes não sabia que as tinha, e nem ao menos sonhava, cogitava ou desejava, mas que as tenho e me fortaleceram. E, na hora que voltava pra casa, contente, no ônibus...heis a situação:

Sentado, no ônibus, fone de ouvido no lugar, ouvindo o mesmo rock clássico de sempre (e, depois, alternando pro rock pra década de 1990), lendo 1000 Dias na Toscana de Marlena de Blasi, sobre comportamento familiares e degustativos, olho para a janela do ônibus quando vou virar uma página,

a Lua!

significado do verbete lua: "s.f. Satélite em órbita ao redor de um planeta"


Significado pra mim: O que era aquela coisa linda no céu, ganhando força, brilho e forma?!

Sei que tive que parar de ler no momento e ficar olhando, enquanto o ônibus corria, passava pelos pastos e campinas, e lá estava eu, olhando, abobado... então, não pude deixar de sentir, de realmente sentir e poder me expressar... e como pode se expressar alguém, que como eu, nada o faz a que não seja por palavras - escritas, ditas, que o seja! E, heis, que escrevi usando o bloco de notas do celular (afinal, como um ser pode escrever em papel e caneta - como gosto - num ônibus em movimento?!):


Um privilégio ver a Lua enquanto a noite galopa pra vencer mais um dia. Ela, perdida, naquele céu cheio de cores, do azul mais escuro (já sinal do anoitecer), sendo circundada pelos tons de vermelho e roxo, pairando juvenil sobre os pastos com pequenas árvores e cupinzeiros. Ah...!!!, as árvores, elas parecem sorrir enquanto a Lua, dama da Noite, começa a fazer morada, deixando o Sol se esvair, ir descansar no outro horizonte. Essas mesmas árvores parecem desejá-la como eu a sonho agora, como eu a vejo agora, como eu a poetizo agora. Árvores esquálidas... árvores de aparência outonal, mesmo estando a primavera batendo à porta. Árvores esquálidas, dedos de madeira apontado para o céu, acusadores, e ao mesmo tempo, parecendo querer apanhá-la. Lua... Lua minha...

E a noite começa a vencer o dia, dominar tudo. A Lua vem clareando, então, não querendo que esqueçamos que fez-se claridade à pouco, que víamos a luz e que mesmo sendo noite, não devemos temer a escuridão, afinal, ela mesma vem mostrar um caminho; e a oeste, o sol se punha, pedia seu arrego, um dia ido, uma noite pra descansar; um dia ido, uma noite de luar. A oeste, diferentes matizes de cores, num céu límpido, sem nuvens... e o outro lado, Ela, Dama da Noite, senhora do NoiteAdentro, Lua dominante, tornando a noite, dia!

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