sábado, 14 de janeiro de 2012

Leituras de fim e início de ano

Comecei o ano bem em leituras, ao menos eu acredito que o seja. O último livro completo que li no fim do ano passado foi Dexter Design de um Assassino. 'Tá bem, leitura pop, mas e daí? Quem não se apaixona por Dexter, tanto a figura do seriado quanto a personagem do livro? Dexter é Dexter e pronto. Acredito que qualquer pessoa que chegar a ler um Dexter ou a assistir algum episódio do seriado ficará encantado com ele. Mesmo que temos ainda a alegria de saber que o seriado - Graças a Deus - não segue fielmente a sequência de livros, apenas a primeira temporada tenta “arremedar” o primeiro livro da série, e consegue pegar o que tem se quer retirado e transformado para um programa, como o foi. Por isso o interessante é assistir Dexter e também lê-lo, porque mesmo sendo diferente do livro, a figura do Michael C. Hall fica na mente da gente enquanto vemos todo o sarcasmo corrosivo dele solto desenfreadamente. Após deixar Dexter e seu Passageiros das Trevas, vi-me novamente apanhado pelo pop e passageiro da literatura: Stephen King (tudo bem tem gente que diz ele não ser literatura - pode até não ser, mas como eu queria coisas mais suaves para ler, o li). Iniciei a leitura de Duma Key em dezembro e atravessei o ano novo com o livro nas mãos... é relaxante. Não é aquele terror absurdo, na verdade nem acredito que aquilo seja terror, mas antes um trabalho de cunho psicológico e em parte King deixa para os leitores julgarem se aquilo pode ser terror ou não. Acho que a história é mais um suspense fantasmagórico que um terror, mas como diria Wireman “Essa é minha opinião”. O livro também não é totalmente ridículo (como alguns trabalhos dele são) e você até adquire um certo carisma por Edgar Freemantle e Wireman no decorrer das páginas do livro (e olha que passam de 600, mas no final, quando se vê que está acabando, aparece a saudade da personagem e uma vontadezinha de recomeçar a leitura - mas é claro que como eu tinha mais coisa para ler terei que deixar isso para daqui a alguns anos).
Então, lá estava eu terminando King e olhando para a pequena peça de rack que tenho em meu quarto onde ficam alguns de meus livros e admirando um de capa dura, azul e branco com o desenho da torre Eiffel: Paris é uma festa! Bem, meus queridos, aí sim, aí sim não estou sendo jogado nessa cultura literária pop (e agradável), mas sim, estou indo em caminho ao que pode ser visto como clássico. Hemingway. Ernest Hemingway é foda! Dele li somente O Velho e o Mar, que também acabei assistindo a uma versão antiga do filme que deve ter sido rodada pela década de 60 ou 70 do século passado. O livro (O Velho e o Mar) é ótimo , o filme até que é bem fiel, mas sei lá, acho que eu com minha ignorância cinematográfica não saberia como gostar dele de verdade... gosto quando sobem os créditos, no final e mostra os pescadores da aldeia saindo com seus barcos para pescar antes da manhã chegar, é bem agradável ver aquilo. Mas deixando a digressão de lado e voltando para Paris...  do livro posso dizer que Paris é uma festa, sim, e também um sonho... sonho que até gerou o filme Meia-noite em Paris, de Woody Allen. A Paris dos anos 20, a Paris que Allen retrata nos passeios noturnos de Gil. E lendo Hemingway tem-se essa idéia tanto de infinitude quanto de uma cidade fantástica, idílica, onde tudo-fica-bem-por-pior-que-o-seja. E hoje, trabalhando, andando sob a chuva, tive essa divagação de Paris, do filme e do livro, já que Gil adora Paris sob a chuva e recordando-me de Hemingway falando da Paris outonal tive idéia de que isso acontecia aqui, hoje, já que esse tempo parece louco. Parece outono, quase inverno, embora não esteja frio, mas todo o céu, e o vento, e a chuva, mostram isso, que parece um nascimento de inverno.
Após a releitura de Paris é Uma Festa talvez eu caia nas graças de Proust (ou quem sabe de Noah Gordon com seu cantante La Bodega, ainda não sei). E logo terei que me dedicar a livros que realmente devem ser lidos: clássicos. Tenho que voltar pra faculdade afiado em leituras pra não passar vergonha ou qualquer coisa desse tipo.
Ai, ai, ai, ai... ‘té mais.

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