domingo, 2 de janeiro de 2011

La Bodega e A Sombra do Vento e O Jogo do Anjo. Livros!!! Livros!!! E livros!!!!

Um livro excelente que comprei esse fim de ano foi La Bodega, de Noah Gordon, editora Rocco. Imagine você apanhar um livro e ler a resenha na contra-capa e depois na orelha, e sentir-se deliciado pelo que poderia ler ali, dentro daquela capa de cor amarelada contendo as folhas de uma parreira e um cacho de uvas. Bem, senti-me assim ao ter em mãos La Bodega. O livro é excelente, terrivelmente excelente e, como o autor mesmo diz na primeira orelha: é uma "carta de amor ao país", no caso, a Espanha. O livro conta a história de Josep, um campônes que trabalha no sul da França, num vinhedo. Depois de receber a notícia da morte do pai ele resolve voltar para a Espanha, donde fugiu nos atrás por ser procurado. Então, a história se desenrola quando ele chega na cidadezinha fictícia de Santa Eulália. Bem, é uma história linda, bem contada, que valoria e prima a Espanha. Dá até vontade de tomar vinhos espanhóis e franceses quando se lê o livro. Eu simplesmente recomendo.

O outro livro que comprei é A Sombra do Vento. Acredito que Carlos Ruiz Zafón possui um estilo realmente surpreendente, tanto por ser direto, como por descritivo. O cara faz a gente ficar ali, de cara no livro, querendo saber o que vai acontecer em seguida e o que está acontecendo no momento que lemos. É um livro impressionante. Não é tão delicado quanto La Bodega, é um livro mais forte, com emoções mais sombrias, já que a história narra sobre a busca dum adolescente sobre um escritor tido como morto: Julián Carax. Daniel Sempere, o garoto, é levado pelo pai, a um lugar conhecido por poucos chamado O Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar pode ser apenas apresentado pela pessoa por um já integrante do "clube", e o pai de Daniel é um desses (isso é contado também no livro posteior ao A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo). A única exigência nessa primeira visita é que se adote um livro, e Daniel procura entre as infindáveis prateleiras até encontrar A Sombra do Vento, de Julian Carax. Carax foi um escritor de pouco sucesso, nascido espanhol e acabou indo para França com a mãe. Daniel descobre que o escritor já morreu e fica obscecado pela obra do mesmo, querendo encotrar todos os seus livros, mas se surpreende ao saber que alguém está queimando todos os livros de Carax e que agora está atrás dele, já que ele possui o que é o último livro existente do escritor. A história realmente é incrível, cheia de emoções, de ação e até comédia. Zafón utiliza-se também de citar livros tidos como de literatura universal no decorrer da história. Uma coisa que também surpreende é a relação pai-filho de Daniel e seu pai, o  dono da livraria Sempere e Filhos, chega a ser tocante o jeito do senhor Sempere tratar o filho, um homem de olhar perdido e jeito triste.
Claro que vale mencionar aqui também um outro livro de Zafón, O Jogo do Anjo. Tive o prazer de lê-lo quase que seguidamente ao A Sombra do Vento e achei-o tão fantástico quanto o primeiro.
Aqui está uma pequena resenha dele:
"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço."
Tenho que dizer que a história se cruza com a d'A Sombra do Vento, a cidade de Barcelona novamente é o pano de fundo e a livraria aparece com o pai de Daniel agora um sujeito calado e jovem. Vê-se a mãe de Daniel aparecer nesse livro e fiquei encantado com uma que surge na história e tem a vida marcada pela trsiteza e cuja presença no fim faz com que as lágrimas rolarem de meus olhos. O Jogo do Anjo, por sua vez, conta a históra de David Martín, um jovem escritor que vive Barcelona na década de 20. Aos 28 anos, desiludido no amor e na vida profissional e gravemente doente, o escritor David vive sozinha sozinho num casarão em ruínas. É quando surge Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Sua origem exata é um mistério, mas sua fala é suave e sedutora. Ele promete a David muito dinheiro, e sua simples aparição parece devolver a saúde ao escritor. Contudo, o que ele pede em troca não é pouco. E o preço real dessa encomenda é o que David precisará descobrir. O Jogo do Anjo traz alguns dos personagens de A Sombra do Vento. No entanto, de acordo com o autor, o livro não é uma continuação de sua obra anterior, mas sim uma segunda investida em uma narrativa “centrada em um mesmo universo literário. É como uma caixinha chinesa, um labirinto de ficção em que há quatro portas de entrada”.
Vale a pena lê-lo também.


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