terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Chove chuva!


Os trovões estão gritando ao longe. O firmamento está carregado, as nuvens noturnas, vermelhas,  parecem arrastar-se lentamente ao sabor do vento. Embora lá fora o vento esteja fresco (uma brisa noturna suave), aqui dentro está quente, um pouco abafado. A chuva é iminente, sei que a qualquer momento o firmamento todo recomeçará a sinfonia que tem regido todas essas noites desde o início do ano novo e hoje ainda é dia quatro de janeiro. Quatro noites de ano novo e praticamente todas as noites com chuva, exceto o dia primeiro em si. As manhãs têm sido frescas também, as tardes, quentes. Todas as manhãs desses primeiros dias vêm ocorrendo uma batalha no céu. As nuvens negras, ameaçadoras vêm lutando contra a luz do sol, que tenta imiscuir-se por seus vãos. Têm vezes que o sol ganha e nos saúda com seus raios quentes matinais, mas têm vezes que as nuvens são mais fortes, como ocorreu na manhã de ontem que choveu praticamente toda a manhã. Mas a tarde, o sol enfim imperou com força e calor. Somente no final do dia as nuvens ganharam novamente e a noite foi saudada com chuva. Hoje foi vez do sol, o sol perdeu parte da batalha da manhã, mas foi senhor a tarde toda e ao anoitecer, mas agora, o céu todo vai acabar cedendo e as lágrimas cairão. É engraçada uma coisa nisso, eu costumava pensar, durante o inverno (que fez um frio tremendo), que as noites de verão com suas chuvas costumam ser belas e agradáveis, mas estas têm me parecido tristes, como se faltasse alguma coisa na chuva e da chuva. Ontem mesmo, pela manhã, enquanto estava em meu trabalho e observava a chuva me ocorria isso, como a chuva parece tristonha! Infelizmente não posso fazer nada a não ser observar e especular. Quem sabe até o fim dessa semana se a chuva ainda persistir, eu possa perder essa impressão de solidão que a chuva tem me mostrado.

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